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“O melhor programa social é a carteira assinada”, diz presidente da AcijAtrai aditivos para concreto, cimento e argamassa

Written by: ATRAI

centro de Joinville

Joinville, maior cidade catarinense e também geradora do maior Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, tem, desde o início deste mês, nova liderança à frente da entidade que representa a sua economia, a Associação Empresarial de Joinville (Acij). O novo presidente da associação, Marco Antonio Corsini, 55 anos, industrial da construção civil, concentra atenções em medidas para auxiliar o município no enfrentamento ao novo coronavírus e na retomada da economia. Ele diz que a maior carência da cidade é de obras de infraestrutura, mas dá grande atenção também à geração de empregos.

Marco Antonio Corsini, sócio da Roma Construtora, é associativista por convicção. Já foi presidente do Sinduscon Joinville e diretor financeiro da Acij. Atualmente, além de liderar a associação, preside o Conselho das Entidades Empresariais da Cidade, é diretor da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) e vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para a Região Sul. É casado com a empresária Sandra Corsini, com quem divide a gestão da empresa e tem dois filhos. Na entrevista a seguir, ele fala do trabalho da Acij frente à Covid-19, impactos na economia, retomada do crescimento e outros temas.

O senhor acaba de assumir a presidência da Acij, entidade que representa a economia da maior cidade catarinense. Na sua avaliação, em que áreas Joinville é referência para Estado?

Joinville é uma cidade basicamente industrial. Temos várias indústrias na nossa região com atuação nacional e internacional. Isso demonstra a capacidade da nossa cidade, do nosso povo trabalhador, na geração de empregos e riqueza. É um município que faz parte do desenvolvimento de Santa Catarina. Atualmente, avança também no setor de tecnologia. Essa é uma tendência mundial. A economia vai migrando, vai ser adaptando, e novas estruturas vão acontecendo. Joinville não é diferente nessa questão da tecnologia. A indústria ainda é muito forte, mas a tecnologia é um setor que está avançando bem na nossa cidade.

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Em que áreas o município mais sente falta de recursos estaduais e federais?

Pela pujança de Joinville, pelo que o município representa para o Estado, nós nos sentimos um pouco abandonado na questão da infraestrutura. Joinville precisa melhorar muito sua mobilidade. Temos a maior concentração de indústrias no Norte da cidade, grande parte do escoamento da nossa produção está centrado nessa região e as nossas rodovias são muito, muito, muito antigas. Necessitam de manutenção e duplicação. Temos hoje uma obra que conseguimos no ano passado, trabalhando com governo do Estado, essa obra se iniciou no final do ano, que é a duplicação da rodovia Hans Dieter Schmidt, um eixo muito importante para o escoamento da nossa produção. Temos outras obras que o Estado pode participar, como a duplicação da rua Dona Francisca na área urbana. Não estamos falando da Serra. Esse é um pleito que nós estamos fazendo há muito tempo. Temos também uma abertura com o eixo estruturante da cidade que se chama Almirante Jaceguay. São obras que podem ajudar no desenvolvimento da cidade e, com certeza, o Estado ganha com isso. Estamos conversando com o governo estadual para destinar mais recursos para o desenvolvimento dessa região.

A sua posse foi virtual em função do novo coronavírus. Hoje, diversas cidades estão enfrentando uma fase crítica da doença, inclusive Joinville. E uma das polêmicas é a decretação de lockdown. O senhor é a favor ou contra esse isolamento maior?

Não somos a favor. Entendemos que o governo do Estado tomou uma decisão correta deixando para cada prefeito tomar suas decisões. A gestão pública local sabe onde estão as demandas e as necessidades de fechamentos, de controles. Eu acho que é uma medida muito acertada por parte do governo transferir essa responsabilidade para o gestor público local conduzir esse processo. O lockdown já demonstrou em determinados locais que não surtiu efeito e prejudicou a economia. Nós sempre vamos trabalhar pela preservação das vidas, a saúde vem em primeiro lugar. Mas o trabalho que vem sendo feito em Joinville, apesar de termos mais casos, está sob controle e daqui a pouco conseguiremos melhorar essa situação.

Em função da pandemia, que ações de colaboração com a sociedade a Acij está realizando?

- Tão logo saiu o primeiro decreto do Estado, em 17 de março, o então presidente da Acij, João Martinelli, chamou uma reunião da diretoria, criamos um comitê e iniciamos uma série de ações para ajudar a comunidade e o poder público local. Uma das ações foi no Hospital Municipal São José. Uma obra de 53 leitos estava atrasando. A Acij assumiu, eu coordenei o trabalho e, em 45 dias entregamos para a cidade uma obra de primeiro mundo. Na sequência, assumimos o compromisso de construir outra obra para mais 30 novos leitos. Vamos inaugurar em 15 de agosto. Conforme a necessidade, podem ser transformados em leitos de UTI. Esse projeto inclui duas salas cirúrgicas, duas salas para endoscopia e um centro de triagem. Tudo está sendo feito com doações de empresas e vai ficar com hospital para utilizar nas necessidades da comunidade depois.

No início da pandemia a Acij realizou também outras ações. Uma delas foi a montagem de uma central de triagem para doentes de Covid-19 na Associação Atlética Tupy. O trabalho foi coordenado pelo presidente da empresa, Fernando Cestari de Rizzo, que é nosso vice-presidente. Também fizemos parcerias com associados e empresas para doação de recursos para aquisição de equipamentos, como respiradores, máscaras, luvas e álcool em gel, tudo alinhado com o poder público, a Secretaria Municipal de saúde, o que era necessário no primeiro momento.

Considerando as ações dos governos federal e estadual, quais são as maiores falhas no suporte à economia nesse período crítico, na sua avaliação?

Na nossa visão, eu acho que o governo atrasou um pouco as medidas, talvez não calibrou exatamente o tamanho que seria a pandemia naquele momento. Isso serve tanto para o governo do Estado quanto para o governo federal. As medidas foram até um pouco acanhadas, mas, necessárias. No caso do governo federal, as medidas, de certa forma, foram assertivas, trouxeram um certo alívio para o setor industrial, para o comércio e para o mercado de um modo geral.

A flexibilização da jornada de trabalho com redução proporcional no salário, e também a suspensão temporária de contrato de trabalho foram medidas muito importantes. Deram um alívio para as empresas que tiveram que paralisar as atividades por conta do lockdown. Algumas tiveram que parar muito mais do que 14 dias. Em Santa Catarina, houve uma ação imediata junto ao governo do Estado, mais por parte da própria Federação das Indústrias (Fiesc), para buscar um entendimento de flexibilizar essas situações.

Outro ponto importante é que o nosso setor Industrial é muito organizado. Todas as normas definidas para prevenção começaram a ser colocadas em prática, incluindo distanciamento dos trabalhadores, a higienização, aferição de temperatura, enfim, dando suporte para que haja o mínimo possível de contaminação dentro das Indústrias. Outro dado que podemos levar como referência, é que como temos muitas indústrias e boa parte delas têm relações internacionais, elas trouxeram protocolos que deram certo nas suas unidades lá fora. Isso também nos ajudou. As empresas compartilham as boas práticas aqui na Acij.

Como o senhor está vendo a retomada econômica do Estado durante a pandemia?

Nós vínhamos em um crescente, a economia vinha demonstrando uma retomada desde setembro do ano passado. Em janeiro e fevereiro não foi diferente. Prova disso é que nós vínhamos com saldo positivo na geração de emprego nos dois primeiros meses do ano. Em função da pandemia, houve toda essa situação econômica e isso acabou fragilizando e atrasando a nossa produção e até nossos investimentos. Então, acreditamos que é o momento de crise que nós estamos vivendo, não é só Santa Catarina, não é só o Brasil, esse é um problema mundial, mas todas as empresas que estão fortes, estruturadas, acreditamos que com um pouquinho de ajuda a mais do governo, será possível superar essa fase. Aliás, além das medidas trabalhistas, o governo já acenou e num primeiro momento acabou não dando certo, com linhas de crédito para os micro e pequenos empresários para capital de giro, para pagar a folha salarial.

Vimos que não deu certo no início porque o agente financeiro quer garantias. Essa empresas, fragilizadas, não tinham. O governo, agora, entendeu, que com aval é possível destravar isso e as empresas poderão ter crédito.

Mas eu acredito que tão logo comece a amenizar os impactos da pandemia, as empresas vão começar a mostrar uma retomada do crescimento. Já sentimos, em algumas industrias aqui da região, que no mês de maio já foi mais positivo. As empresas dentro da sua capacidade, começaram a voltar com os turnos normais de trabalho, em função do quê? Porque começaram a receber pedidos, ou seja, a economia, aos poucos, está voltando.

As micro e pequenas empresas enfrentam dificuldades para conseguir crédito. A retomada de atividades pode amenizar um pouco isso?

A pequena empresa precisa sempre de suporte. Esse é um papel fundamental do governo federal, do próprio Estado, dar um auxílio a elas por linhas de crédito. Nós temos que incentivar a produção, incentivando a produção nós vamos gerar empregos. Uma frase que eu trago que é de fundamental importância: não existe programa social melhor do que carteira assinada. Isso dá dignidade ao cidadão, acordar de manhã, ir para o trabalho, fazer sua atividade, voltar para casa e no final do mês ter o salário. Para mim, o melhor programa social é a carteira assinada. Nesse sentido, o governo tem que dar um auxilio, não que as grandes empresas não precisem, mas elas têm estrutura e capacidade de se mobilizar. Conseguindo a retomada gradativa da economia, vamos gerar mais empregos, e com isso, será colocado mais dinheiro no mercado.

Na sua avaliação, o que o governo federal poderia fazer para melhorar a geração de empregos agora?

- Sabemos da dificuldade de caixa que o governo federal tinha. Agora, com a pandemia, ficou pior. Acredito que a retomada do crescimento econômico, a mola propulsora do desenvolvimento será via infraestrutura. O país está com necessidades, o governo federal tem uma grande chance de fazer parcerias. Foi aprovado recentemente o marco legal de saneamento. Isso abre muitas frentes de trabalho. O setor da construção civil alavanca rapidamente empregos, tem capacidade de oxigenar a economia. Para você ter ideia, ele é abastecido por 97 segmentos, dos quais 62 são industriais e 35 são de serviços. A partir do momento que o setor começa oxigenar, ele faz o mesmo com todos esses outros setores produtivos. Eu acredito que o governo está acenando para isso. O ministro Paulo Guedes vem falando muito essas semanas, que a retomada da economia vai passar pelo setor da construção civil, e nós não temos dúvidas nesse sentido.

O senhor acha que o governo precisa incentivar investimentos em infraestrutura e a construção civil?

A construção civil já vem sendo alimentada no setor de incorporação e de habitação. A Caixa está fazendo algumas facilitações de linha de crédito para o comprador final. Ela está oferecendo crédito, dando prazo de carência. É um banco com papel social muito forte, que vem alimentando isso. Mas a grande infraestrutura do país, que é a construção pesada, de portos, aeroportos e rodovias, pode ser incentivada. Temos também energia elétrica, iluminação pública. São todas atividades que interessam ao capital estrangeiro.

Em função da pandemia, muitas empresas estão com projetos de investimentos parados ou estão conseguindo executar, já apostando na retomada econômica posterior?

O que a gente acompanha aqui no dia a dia, conversando com nossos empresários, evidentemente que alguns tiraram o pé do acelerador. Vamos chamar assim. Estavam com grandes perspectivas para 2020, aí veio a questão da pandemia, e isso acabou atrasando. É uma questão mundial. Mas está no radar deles dar continuidade, fazer seus investimentos, suas ampliações, estão enxergando que vai ter um horizonte lá na frente, que nós devemos estar preparados, e isso é uma grande questão que nós estamos discutindo. Não podemos ficar só debruçados sobre a pandemia.

E para o pós-pandemia?

Nós sabemos que o mercado vai ser diferente, o mundo vai ser diferente, a relação comercial vai ser diferente. Até há pouco tempo, fazíamos tudo dentro do gabinete, saímos daqui, íamos para Florianópolis, para Brasília. Hoje se faz tudo via online. Quanto tempo se ganha com isso? Quanto mais se tornam produtivos esses encontros? Na indústria e, de um modo geral, no comércio, não vai ser muito diferente. Então, nós temos que estar acenando para essa nova forma viver. Eu acredito que as empresas na grande maioria das suas estruturas, já estão pensando nesse sentido. Assim que passar essa situação, precisam estar preparadas para serem mais competitivas e avançar no que nós precisamos, que é a geração de empregos e a retomada da economia.

No caso de Joinville, quais são os setores, na sua avaliação, que poderiam retomar a oferta de emprego mais rápido?

Como é uma cidade industrial bem diversificada, todos os setores acabam se movendo, buscando novas frentes. Temos indústrias de materiais de construção, por exemplo, que crescem com o setor. Temos empresas exportadoras que também estão prontas para retomar.

Vocês têm também o turismo de eventos muito afetado...

Com certeza. Acaba de ser anunciado o cancelamento do Festival de Dança de Joinville deste ano. O setor de turismo de eventos está muito fragilizado. É isso que a gente vê também em nível de Brasil, muitos parques fechados. Onde se concentra pessoas não tem como retomar atividades agora.

A Acij sempre teve uma interação importante com o meio político, com a prefeitura, governos estadual e federal. Como está trabalhando isso na sua gestão?

A Casa sempre se posicionou. Tem no DNA a participação comunitária, o envolvimento com o setor público no sentido de trazer o que for possível e viável para a cidade de Joinville. Somos apartidários evidentemente, mas temos interlocução, tanto com o poder municipal, quanto com o estadual e o federal. Na semana passada tive audiência com prefeito Udo Döhler e também com o novo secretário de Desenvolvimento do Estado, Rogério Siqueira. Conversamos sobre o desenvolvimento da cidade. Com o governo federal, tenho conversado com deputados e senadores, informando nossas prioridades.

Autor: Estela Benetti

Fonte: Link para publicação original



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